Se popularizado, pagamentos instantâneos podem ameaçar lucros de administradoras e bandeiras de cartões.
Os pagamentos instantâneos têm potencial para impactar negativamente no setor de cartões, isso porque a tendência é que os estabelecimentos passem a priorizar os pagamentos menos onerosos. Enquanto nos pagamentos com cartões há até três partes envolvidas; nos pagamentos por QR Code o pagamento pode ser feito com um ou, no máximo, duas partes que compartilham o valor recebido de MDR do estabelecimento.
É o caso do iti do Banco Itaú, o maior banco privado do país passou a oferecer aos empreendedores vendas com taxa de, apenas, 1%, além disso, o valor cai na conta do vendedor em apenas 1 dia útil.
O iti também elimina a necessidade de compra de maquininha, pois o empreendedor consegue transacionar através de um aplicativo instalado no celular. Se preferir, o estabelecimento ainda pode vender através de um QR Code impresso no balcão.
Enquanto em uma venda com cartão a taxa cobrada do estabelecimento é compartilhada entre a credenciadora (dona da maquininha), bandeira do cartão de crédito e a administradora; em uma venda com QR Code apenas uma parte pode ficar com a taxa cobrada do estabelecimento, desde que o pagamento não seja feito utilizando um cartão de crédito.
Hoje as carteiras de pagamentos são bastante dependente das bandeiras e administradoras de cartões de crédito pois o cartão acaba sendo a forma prioritária de pagamento; mas a tendência é que essas wallets comecem a oferecer outras opções de depósitos e, futuramente, liberem limite de crédito para seus usuários sem que seja necessário contratar um cartão “bandeirado”, o que faz com que a solução de pagamento fique com 100% da taxa cobrada dos estabelecimentos.
Além do iti, a solução de pagamento instantânea já é oferecida pelo Cielo, SafraWallet, PagSeguro, Mercado Pago, Linx, dentre várias outras instituições financeiras.
Com pagamentos móveis, a necessidade de um plástico para pagamento se torna cada vez menor. Cabe lembrar que a China é o país em que os pagamentos móveis estão mais popularizados; por lá é possível pagar em praticamente todos os estabelecimentos usando a câmera do celular; há até rede social que oferece serviço de pagamento.
No Brasil praticamente todas as maquininhas de cartões de crédito já aceitam pagamentos por aproximação e QR Code; dentre elas: Rede, PagSeguro, Mercado Pago, Cielo, Linx, dentre outras.
A solução de pagamento móvel mais popular é a da Cielo; a credenciadora já revelou que processou mais de 1 milhão de transações usando a câmera do celular. Parte do sucesso do Cielo QR Code se deve a integração das maquininhas com aplicativos de bancos e outras instituições financeiras.
Já o QR Code das máquinas da Rede, Mercado Pago, PagSeguro, dentre outras, só aceitam pagamentos via solução própria, ou seja, não aceitam QR Code dos concorrentes.