Mesmo com pandemia, gigante faturou US$ 1,7 bilhão.
A Mastercard divulgou a sua receita obtida no primeiro trimestre de 2020, a bandeira teve lucro e receita acima das expectativas dos analistas.
Mesmo com a pandemia, a bandeira Mastercard registrou lucro líquido de US$ 1,7 bilhão de Janeiro a Março de 2020.
O resultado surpreendeu muitos analistas que, por conta do cenário econômico global, esperavam que o lucro da Mastercard ficasse abaixo do valor anunciado.
Parte do sucesso da Mastercard se deve a popularização dos pagamentos com cartões em relação a outras formas de pagamentos.
Muitos consumidores que antes pagavam no dinheiro, por exemplo, migraram para o pagamento com cartão para diminuir o contato físico com os estabelecimentos. O que pode ter ajudado nesse número é a popularização dos pagamentos por aproximação.
Desde 2019 a bandeira orienta os emissores a emitir apenas cartões com a tecnologia Contactless.
No Brasil os pagamentos com cartões NFC dispensam a necessidade de senha para transações de até R$50,00. Já para as compras de valor superior a cinquenta reais o consumidor pode ser requirido a digitar a senha na maquininha logo após aproximar o cartão no terminal Contactless.
Em outros países a bandeira ampliou o limite de pagamentos por aproximação sem a necessidade de digitação de senha, dentre eles o Canadá e alguns países da Europa. A tendência é que o limite de transações por aproximação sem senha suba globalmente.
Embora o ganho do primeiro trimestre de 2020 tenha superado as projeções dos analistas, o lucro líquido ficou bem abaixo do que foi registrado no primeiro trimestre de 2019, quando a bandeira faturou US$ 1,9 bilhão.
Com os ajustes nos lucros, todavia, o lucro por ação da Mastercard subiu de US$ 1,78 no 1T19 para US$ 1,83 de Janeiro a Março de 2020, o que superou as projeções dos analistas da FacSet que previam lucro de 1,72 por ação da bandeira.
Já a Receita Trimestral subiu 3%, atingindo US$ 4 bilhões, ante US$ 3,96 bilhões previstos pelos analistas.
Surpreendentemente, houve um aumento no número de compras, que, globalmente, avançou 8%.
Em comunicado o CEO da Mastercard, Ajay Banga, acrescentou que a crise econômica provocada pela pandemia poderá dificultar as previsões operacionais para esse ano. O executivo enxerga sinais de uma estabilização do consumo em meio à crise.
Outros fatores podem, inevitavelmente, terem afetado o desempenho da bandeira, dentre eles podem citar a valorização do Dólar Americano que, consequentemente, desvalorizou a moeda de países emergentes como o Brasil.