MEIs, Pequenas e Médias Empresas terão também crédito liberado por maquininhas.
O Governo Federal usará as maquininhas de cartões de crédito e débito para liberar crédito às Pequenas e Médias Empresas. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo vai injetar perto de R$ 800 bilhões ao longo dos próximos três meses em um esforço para enfrentar a crise.
A linha de crédito deverá ser colocada a disposição dos empreendedores com juros reduzidos.
A ideia inicial era utilizar apenas os bancos tradicionais para distribuir a linha de crédito liberada para PJ, mas, segundo Paulo Guedes, eles não estão entregando crédito ao público que mais precisa, que são os MEIs (Microempreendedores Individuais) e as PMEs (Pequenas e Médias Empresas).
A forte presença das maquininhas no dia a dia dos empreendedores que mais precisam é o principal motivo do Governo optar por conceder crédito via credenciadoras. “Vamos turbinar as maquininhas. PagSeguro, Stone, esses caras têm capilaridade, estão na ponta, BC tem que chegar lá e não ficar só nos bancos. Por que o Banco Central não pode redescontar deles?“, afirmou Paulo Guedes ao comentar a nova medida de distribuição de crédito às Pessoas Jurídicas.
CRÉDITO PARA EVITAR A “QUEBRADEIRA” DE EMPRESAS
Para Guedes, as empresas como PagSeguro, Stone, Rede, Mercado Pago e Cielo possuem uma grande base de clientes que, em alguns casos, não possuem relacionamento com nenhum banco tradicional. A ideia é que as credenciadoras possam liberar uma linha de empréstimo e/ou capital de giro para que os empreendedores possam superar esse momento tão difícil.
Para o ministro da Economia é fundamental que o crédito liberado chegue aos empreendedores, não adianta liberar R$ 400 bilhões em crédito se esse valor não chegar aos empresários que mais precisam do dinheiro para não quebrar.
O dinheiro liberado via credenciadora poderá ser utilizado pelos empreendedores para fluxo de caixa e/ou pagamento de salários, o que pode evitar demissões, por exemplo.
Dos R$ 800 bilhões liberados pelo Governo Federal para reerguer a economia, metade desse valor será destinado a concessão de crédito (empréstimos e capital de giro, por exemplo), enquanto a outra metade será dividade entre adiamento e redução de impostos, antecipação de dinheiro para aposentados e pensionistas; transferência direta de dinheiro para profissionais liberais e autônomos; além de repasses para o Ministério da Saúde, Estados e Municípios.