Funcionários de uma Loja Riachuelo em Cuiabá parcelam compras de clientes com juros sem o consentimento de clientes, diz MP.
O Ministério Público do Mato Grosso (MP-MT) abriu um processo investigativo para apurar a conduta de uma loja da Riachuelo em Cuiabá. A loja está sendo acusada de parcelar as compras de clientes sem que eles tenham solicitado, a estratégia é usada para aumentar o valor da compra e, consequentemente, aumentar o valor do lucro do lojista. Um consumidor disse ao MP que teve uma transação parcelada aviso prévio, o que pode comprovar a má-conduta da empresa de vestuário, que também é administradora de cartões através da Midway Financeira (empresa do mesmo grupo).
Parcelamento só pode ser feito com o consentimento do consumidor. É fundamental que o cliente fique atento as condições de pagamento no momento da compra para evitar surpresas desagradáveis.
Além de parcelar as compras no Cartão Riachuelo com juros sem que o cliente tenha solicitado a loja também é investigada pela venda casada de produtos como: seguros, convênio odontológico, proteção financeira, etc.
A Midway Financeira é uma administradora de cartões de crédito da Riachuelo, a empresa emite cartões de crédito nas versões private label (sem bandeira), MasterCard e VISA, estando disponíveis na versão nacional e internacional.
Os juros dos cartões emitidos por lojistas são, geralmente, mais caros do que os praticados por administradoras de cartões de crédito. Os juros são cobrados sempre que o cliente atrasa a fatura, financia a fatura ou faz um parcelamento de compra com juros. Em lojas de vestuário a oferta de aquisição de cartão de crédito é cada vez mais frequente, pois o produto também costuma oferecer vantagens como: descontos, parcelamento exclusivo, sorteios, brindes, etc.
O Cartão a Crédito tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Riachuelo mas, até o momento, não obteve nenhuma resposta.
Parcelar compras sem o consentimento do cliente ou promover a venda casada de produtos é ilegal e fere o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Caso seja vítima do mesmo problema a recomendação é procurar o Procon da sua cidade ou diretamente o Ministério Público.