Aval do BC amplia leque de produtos e serviços da carteira digital Cielo Pay.
A Cielo – credenciadora de pagamentos do Bradesco e do Banco do Brasil – recebeu do Banco Central (BC) uma autorização que permite que a dona das maquininhas seja emissora de moeda eletrônica. O consentimento do BC, na prática, permite que a credenciadora seja mais independente, podendo emitir cartões pré-pagos por conta própria, bem como permitir que seus clientes enviem e recebam transferências por meio de DOCs e TEDs.
A autorização do Banco Central também tem potencial de reduzir consideravelmente os custos da credenciadora na gestão da carteira Cielo Pay.
O serviço de transferência da carteira, por exemplo, estava sendo realizado pela Cateno – instituição de pagamento no qual o BB é sócio – o que inviabilizava a companhia de disponibilizar transferências gratuitas aos seus usuários devido aos custos com o parceiro.
MAIS FUNCIONALIDADE PARA A CIELO PAY
A autorização do Banco Central é, sobretudo, importante para a carteira de pagamentos da credenciadora, a Cielo Pay, pois permite que a empresa tenha mais liberdade para oferecer produtos e serviços na carteira digital.
A emissão de cartão pré-pago (físico ou virtual), por exemplo, poderá ser feita pela própria Cielo sem a necessidade de parceria com uma administradora de cartões. Na mesma linha, a credenciadora poderá gerenciar independentemente o saldo de seus usuários sem a necessidade de realizar parceria com uma instituição financeira.
A licença do Banco Central chega em um momento oportuno em que a credenciadora têm focado em pagamentos eletrônicos. Além dos pagamentos por QR Code nas maquininhas, Cielo Pay e gateway de pagamento online, a Cielo também fechou recentemente uma parceria de pagamentos com o Facebook que permite que a credenciadora processe vendas com cartões de crédito e débito pelo aplicativo WhatsApp.
A parceria entre Cielo e Facebook, todavia, ainda está suspensa pelo Banco Central; embora o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) já tenha liberado o serviço, o BC ainda exige que as empresas apresentem ao órgão documentos comprobatórios que indiquem que o serviço tem proteção à privacidade dos usuários nos mesmos moldes do sistema financeiro nacional e que não apresenta risco de centralização de mercado, algo que o órgão quer combater.