Banco Inter quer revolucionar mercado ao permitir que celulares com NFC recebam vendas com cartões de crédito e débito.
O Banco Inter pode acirrar ainda mais a briga entre as credenciadoras de pagamentos com cartões, até o primeiro trimestre de 2020 o banco digital prometeu lançar uma solução disruptiva e que pode revolucionar o mercado de maquinhas de cartões no Brasil. O banco, que ficou famoso por abrir contas bancárias pela internet e não cobrar tarifas, acredita que as máquinas de cartões estão com os dias contados.
Para o banco, as máquinas de cartões se tornarão obsoletas, fator que motivou o banco a investir em uma solução de pagamento alternativa em vez de criar a sua própria maquininha.
Hoje, a instituição já possui uma solução de pagamento alternativa as maquininhas, é o Interpag, uma ferramenta no aplicativo que permite que qualquer correntista do banco receba pagamentos por QR Code de outros correntistas. Ao que tudo indica, agora o banco digital quer adicionar um recurso que permita aos usuários receberem também vendas com cartões por aproximação.
No vídeo abaixo divulgado no Twitter o presidente do banco, João Vítor Menin, mostra uma versão beta do aplicativo Banco Inter Empresas com o recurso funcionando na prática:
Ele abre o APP, clique em Interpag, informa o valor da venda e escolhe se o plástico é débito ou crédito, na próxima tela o pagador confere o valor e encosta o cartão na parte traseira do smartphone. Pronto! O pagamento é confirmado, sendo possível compartilhar o comprovante via SMS, e-mail ou redes sociais.
Como a transação feita por Menin foi de menos de R$50,00, a senha não foi solicitada pelo aplicativo. Para valores acima de cinquenta reais pode ser que seja necessário digitar a senha no smartphone, visto que a partir desse valor a senha costuma ser solicitada nos pagamentos por aproximação.
O Banco Inter vai utilizar smartphones com a tecnologia NFC (Near Field Communication) para receber pagamentos com cartões de crédito e débito por aproximação. Na prática, qualquer celular com tecnologia NFC poderá se transformar em uma “máquina” de cartões.
Ainda que nem todo correntista tenha celular com NFC, a popularização de serviços como Google Pay, Apple Pay, Samsung Pay, etc, têm feito com que os fabricantes invistam nessa tecnologia até mesmo nos smartphones de linha intermediária.
Como a comunicação é feita via NFC, o aplicativo do Banco Inter poderá inclusive receber pagamentos com carteiras de pagamentos móveis (Google Pay, Samsung Pay, Apple Pay, etc). A solução está preparada inclusive para o possível fim dos cartões de plástico nos próximos anos, algo já tido como inevitável por muitos especialistas.
A iniciativa do banco vai de encontro a uma ação das bandeiras, tanto Visa quanto MasterCard já anunciaram que todos os novos cartões deverão serem emitidos preferencialmente com a tecnologia Contactless, tecnologia que permite que os usuários realizem pagamentos sem precisar inserir o cartão na máquina.
Não há no mercado brasileiro nenhuma solução parecida com a do Banco Inter, existem, no entanto, diversos APPs que permitem receber vendas com cartões usando o celular, mas, geralmente, eles exigem que usuário conecte – via Bluetooth ou entrada de fone de ouvido – um leitor de cartões; algo que a solução do Banco Inter não exige, pois o correntista precisará apenas de um smartphone compatível com a tecnologia NFC.
Com a popularização dos cartões Contactless, mais consumidores serão elegíveis para fazer pagamentos pelo aplicativo do Banco Inter.
Uma das principais razões para acreditarmos que o Banco Inter pode revolucionar a indústria de pagamentos no Brasil está no fato da instituição já estar revolucionando o mercado financeiro no país.
O banco oferece uma conta digital para Pessoa Física e Jurídica (incluí até MEI), por meio dela os correntistas têm transferências, saques, pagamentos e boletos grátis. O modelo de negócios do Inter consiste no faturamento com produtos e serviços agregados à conta digital, tais como: empréstimos, financiamentos, contrapartida nas compras dos cartões dos clientes (taxa que é rateada entre a bandeira, credenciadora e administradora do cartão), crédito imobiliário, investimentos, dentre outros.
Ao migrar a “maquinha” para o celular o banco conseguirá eliminar o custo de aluguel e/ou a necessidade de compra de um equipamento, pois o correntista PF ou PJ poderá utilizar o próprio celular para receber vendas com cartões de crédito e débito.
O banco ainda não divulgou qual será a taxa de adquirência para receber vendas no débito ou crédito pelo aplicativo do Inter, mas, dado o histórico da instituição, é esperado que o banco mineiro ofereça taxas abaixo do praticado pelo mercado.
A guerra das maquininhas começou depois que a Rede – do Banco Itaú – anunciou a isenção da taxa de antecipação de recebíveis nas vendas com cartões, movimento que foi seguido pela SafraPay, PagSeguro e GetNet. Desde então as empresas estão brigando por quem oferece a menor taxa; a GetNet do Santander anunciou inclusive a possibilidade de portabilidade de maquininhas.
Como a concorrência tende a copiar o que dá certo, a tendência é que outras soluções de pagamentos com cartões sejam lançadas, acirrando ainda mais a briga no setor de pagamentos no Brasil. Felizmente, quem ganhará com isso serão os empreendedores, pois as taxas para receber pagamentos tendem a continuar caindo.
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