Aceitando QR Code também da concorrência, Cielo lidera pagamentos pela câmera do celular no Brasil.
Em 2018 a Cielo anunciou o Cielo QR Code, solução que permite que os estabelecimentos aceitem pagamentos por QR Code nas maquininhas de cartões de crédito e débito; desde que o serviço foi lançado a Cielo vêm se esforçando para ampliar o número de parceiros, o que fez com que a solução de pagamento se tornasse a mais bem-sucedida da atualidade.
As máquinas da Cielo são compatíveis para receberem pagamentos por QR Code pelo aplicativo Cielo Pay, além disso, as maquininhas também aceitam os aplicativos do PicPay, Banco Original, Bradesco, Banco do Brasil, banQi, Alelo, Next, dentre vários outros.
Em vez de barrar a concorrência, a Cielo abriu a sua solução de pagamento para as instituições financeiras, permitindo que qualquer empresa interessada processe pagamentos nas maquininhas da credenciadora.
O feito deu resultado, menos de um ano após o lançamento a Cielo anunciou que já processou mais de 1 milhão de transações por QR Code em suas maquininhas e/ou pelo aplicativo Cielo Pay.
Além do Cielo Pay, o app Cielo ID também pode ser utilizado para pagar nas maquinas da Cielo por QR Code, basta que o consumidor crie uma conta e cadastre qualquer cartão de crédito aceito pela credenciadora como forma de pagamento.
O PicPay e o Mercado Pago, por exemplo, são concorrentes da Cielo, pois eles também permitem pagamentos por QR Code via aplicativo; mas ao incluir a solução de pagamento da concorrência a Cielo aumenta significativamente o número de carteiras e aplicativos compatíveis com a sua própria solução de pagamento.
As demais credenciadoras optaram por aceitar o código QR de seus próprios aplicativos; é o caso da Rede que só aceita pagamentos do aplicativo iti do Banco Itaú; das máquinas do PagSeguro que só aceitam pagamentos pelo app PagBank; da SafraPay que só aceita pagamentos pela SafraWallet; e por aí vai.
A estratégia adotada pelo Cielo é bastante inteligente, visto que o Banco Central já estuda a padronização dos pagamentos por QR Code para popularizar esse tipo de pagamento no Brasil; o que deve acontecer em 2020 com o início dos testes com os pagamentos instantâneos no país.
A Cielo sai ganhando com a popularização da tecnologia; na parceria com o Mercado Pago, por exemplo, ficou acordado que a credenciadora ficará com 100% das taxas cobradas dos estabelecimentos; se a venda fosse com um cartão esse mesmo valor teria que ser rateado entre a dona da maquininha, administradora e bandeira do cartão utilizado.
O potencial dos pagamentos instantâneos é tão grande que já há quem diga que eles poderão acabar com os cartões de crédito e débito; pois reduzem o custo aos estabelecimentos ao oferecer a possibilidade de processar vendas sem a famosa taxa MDR.