É comum ver lojas de departamento oferecendo um cartão de crédito private label ou co-Branded, além de fidelizar o consumidor o meio de pagamento também ajuda a aumentar as vendas do estabelecimento. Hoje o Cartão a Crédito faz uma denúncia: Lojistas estão dificultando o recebimento da fatura para estimular os titulares a ir até as lojas para conseguir a 2ª via, o que ajuda a aumentar as vendas dos estabelecimentos, pois muitos acabam gastando na nova visita à loja.
O Cartão a Crédito apurou que uma grande rede de loja de departamentos do Rio Grande do Sul utiliza a prática como chamariz de clientes. Há clientes cuja fatura nunca é entregue pelos Correios, quando o consumidor tenta emitir a fatura online recebe uma mensagem de erro informado que o consumidor deve procurar uma loja mais próxima.
O engraçado é que muitos desses cartões de loja utilizam a estrutura de um grande banco, teoricamente a fatura do cartão da loja deveria estar acessível por canais digitais, mas nem sempre isso acontece. Quando o consumidor reclama na loja recebe a informação de que a culpa é do emissor/administrador do cartão.
Loja impede cliente de antecipar pagamento de fatura
Essa semana presenciei um fato que me chamou bastante à atenção. Em uma loja da Renner uma consumidora tentava quitar todo o valor em aberto de seu cartão pois ela alegava que nunca recebia a fatura. O que mais me chamou a atenção foi a frase do atendente: “Não é possível antecipar o pagamento da fatura, caso existam compras parceladas elas devem ser pagas mês a mês, mesmo que peça o cancelamento do cartão”.
Em praticamente todas as administradoras de cartões de crédito o consumidor consegue antecipar o pagamento de faturas e compras parceladas, basta entrar em contato com a central de atendimento. O que ocorre com os cartões de lojas é que muitas empresas parecem dificultar intencionalmente o pagamento para obrigar o consumidor a visitar recorrentemente uma loja.
A prática, todavia, acaba deixando o consumidor frustrado e insatisfeito! Muitos inclusive até deixam de utilizar o cartão por conta disso.
O Procon de MG já abriu um processo para investir alguns varejistas pela inclusão não autorizada de serviços opcionais na fatura do cartão de crédito, tal como seguros, proteções, pontue em dobro, etc.