Vende pela internet e aceita pagamentos com cartão de crédito? Saiba como evitar o ChargeBack em vendas online.
O ChargeBack é o grande pesadelo dos lojistas e pessoas que vendem pela internet e aceitam cartões de crédito como forma de pagamento. Receber uma notificação de Charge Back da administradora pode significar um calote e, portanto, prejuízo! Neste artigo abordaremos alguns cuidados que podem ajudar proprietários e-commerce, lojas virtuais ou pessoas físicas que vendem pela internet e aceitam cartão de crédito como forma de pagamento.
Afinal, o que é ChargeBack?
Charge Back é um termo utilizado pelas instruções financeiras para se referir a transações que foram contestadas por titulares de cartões de crédito. De modo resumido podemos dizer que o dono do cartão usado na sua loja online entrou em contato com o Banco ou administradora de cartão e disse que não reconhece a compra, contestando a transação por fraude.
A administradora faz então o contato com o estabelecimento para investigar a transação. Se constatado que a transação foi fraudulenta ou caso não haja provas suficiente para confirmar que a transação é idônea, a transação é cancelada pela administradora e, consequentemente, o lojista fica sem receber.
Se o produto não foi enviado é fácil para o lojista não ficar no prejuízo, basta não enviar o produto. Mas se a compra tiver sido entregue, o prejuízo pode ficar com a pessoa/empresa que vendeu.
As razões pelo chargeback podem ser:
- Fraude – O dono do cartão pode ser realmente a vítima e ter tido o cartão utilizado indevidamente;
- Má-fé do consumidor – Há casos em que a compra foi feita pelo dono do cartão que, por má-fé, cancela a compra para deixar o lojista no prejuízo;
O dono do site/e-commerce também pode ter responsabilidade no chargeback caso ele não adote mecanismos que segurança. É preciso verificar se o comprador é realmente o dono do cartão, daí a importância de confirmar dados cadastrais como: CPF, nome completo, data de nascimento, endereço, etc.
COMO EVITAR O CHARGEBACK EM PAGAMENTOS COM CARTÃO
O proprietário de uma loja virtual pode evitar o chargeback com cuidados simples, tais como:
- Consulta do CPF do comprador no site da Receita Federal;
- Confirmação de dados cadastrais (endereço, telefone, etc);
- Se necessário, entrar em contato com o comprador por telefone para confirmar dados;
- Solicitar a cópia de uma fatura anterior do cartão de crédito se houver dúvidas quanto a legitimidade do comprador;
- Verificar se o endereço de entregue é compatível com o endereço do comprador em consulta aos órgãos de proteção ao crédito;
- Verificar se o endereço de IP do comprador é compatível com a localização do cliente (há vários sites na internet que permitem esse tipo de consulta);
- Ligue para o comprador para confirmar dados e verifique se ele fica nervoso ou atrapalhado ao responder perguntas simples como: qual sua idade, nome da mãe, onde você vota? (pelo site do TSE é possível consultar pelo nome completo e data de nascimento);
- Pesquise se o e-mail de compra está relacionado a alguma rede social do comprador, ajudando a comprovar a identidade;
Em caso de dúvida quanto a legitimidade do comprador ou caso ele se recuse a confirmar dados, cancele a transação por segurança. Você perde a venda, mas é melhor do que ficar no prejuízo.
Sabemos que é trabalhoso verificar cada transação de forma minuciosa, mas, infelizmente, essa é solução para vendedores que não dispõem de recursos suficientes para contratar empresas especializadas em combate a fraudes em compras pela internet, através de sistemas antifraude tais como: ClearSafe Total, ClearSafe Garanteed, ClearSafe ID, FControl, ClearSale, AntiFraude, E-Commerce Protect, etc.
A Clear Safe, por exemplo, possui um amplo portfólio de dados de clientes, há planos em que o prejuízo fica com a empresa contratada em caso de erro na verificação de segurança e, consequentemente, ChargeBack. A Clearsafe é também a responsável pelo aplicativo Compre & Confie, utilizado por milhões de consumidores em todo o Brasil.
Para empresas de grade porte existem empresas especializadas em verificações de segurança. Algumas até assumem o prejuízo em caso de chargeback, mas isso acaba aumentando os custos do proprietário de uma loja virtual;
Recebi o ChargeBack, e agora?
Para não ficar no prejuízo o lojista deve apresentar o maior número de informações à administradora e/ou máquina de cartão de crédito que enviou a notificação, tais informações ajudarão o departamento de segurança da empresa a determinar se a transação foi legítima ou não.
Se o lojista, por exemplo, tiver como comprovar que a compra foi feita pela titular do cartão de crédito e, melhor, entregue no mesmo endereço de entrega da fatura do cartão de crédito, é quase certo que a empresa vai considerar a contestação de compra por fraude improcedente. Os dados do consumidor são seus aliados na hora de contestar um chargeback, daí a importância de verificar os dados.