Nova lei permite que estabelecimento dêem “desconto” para compras no dinheiro ou em formas de pagamentos mais baratas do que o cartão de crédito. Na prática, paga mais caro quem escolhe pagar no cartão de crédito.
No Brasil agora os estabelecimentos são livres para cobrar mais barato de clientes que utilizam meios de pagamentos mais acessíveis, assim, os pagamentos no dinheiro e no boleto bancário acabam saindo mais barato do que os realizados via cartão de crédito. A lei que entrou em vigor após ser sancionada pelo presidente Michel Temer legalizou algo que já era oferecido clandestinamente pelos lojistas: o desconto para quem paga no dinheiro.
Já é possível ver o reflexo na nova lei no e-commerce brasileiro. Em sites como Americanas, Submarino, Ponto Frio e Casas Bahia, por exemplo, já é possível economizar até 20% pagamento via boleto bancário ou transferência bancária (DOC ou TED).
Preço no cartão de crédito já pode ser mais caro do que outras formas de pagamento no Brasil
PAGAR COM CARTÃO DE CRÉDITO NÃO É MAIS TÃO VANTAJOSO
Se antes os comerciantes tinham que embutir o valor das taxas dos meios de pagamento no valor do produto, agora eles podem deixar claro o quanto o meio de pagamento custa. Há quem diga que os preços ao consumidor não deve cair e, sim, as transações com o dinheiro de plástico é que ficarão mais caras!
O fato é que o consumidor perderá o “desconto” caso não utilize um meio de pagamento menos oneroso. Antes da nova lei eu costumava colocar tudo no cartão de crédito para ganhar pontos e milhas no programa de fidelidade, hoje já tenho preferido pagar à vista (no dinheiro, débito ou boleto bancário) para ganhar um desconto no valor do produto.
Os defensores da lei que permite a diferenciação de preços entre as formas de pagamento alegam que a mudança visa criar uma competição entre as formas de pagamento. Os cartões terão que baixar as taxas para competir com as vendas à vista, por exemplo. Mas não é isso que estamos vendo acontecer, na prática o preço no cartão é quase sempre mais caro do que o valor em dinheiro.
Pontos e Milhas nem sempre vale a pena – Dizer se um programa de fidelidade é ou não vantajoso depende da média de gastos, benefício usufruído e do valor da anuidade. Quase sempre não vale a pena priorizar o pagamento no cartão para ganhar pontos/milhas, a seguir citamos alguns exemplos:
- A maioria dos cartões cobra anuidade
- Ao pagar com cartão o cliente perde o desconto do pagamento à vista, isto é, paga mais caro pela compra;
- No resgate de uma passagem internacional o valor da passagem não inclui a tarifa de embarque (há companhias aéreas que chegam a cobrar mais de R$ 1 mil em taxas para dois passageiros no resgate com milhas);
- Ao pagar no cartão o estabelecimento é obrigado a emitir nota fiscal em um país onde os tributos NÃO são bem utilizados. Eu não sonego imposto, mas não faço trabalho de fiscal do governo, jamais exijo a nota fiscal e tampouco peço a Nota Fiscal Paulista.
É claro que o cartão tem a vantagem de proporcionar até 45 dias para pagar, além do parcelamento em até 12 vezes sem juros. Mas não existe almoço grátis! Você paga mais caro pela conveniência.
