Preço não precisará ser igual em todas as formas de pagamento, estabelecimentos poderão dar desconto para quem paga à vista (no dinheiro) ou por boleto bancário.
Comprar com o cartão de crédito deve, em breve, ficar mais caro, isto é o que vai acontecer caso a medida microeconômica anunciada pelo Governo Federal seja colocada em prática, os estabelecimentos poderão conceder desconto para pagamentos em determinadas formas de pagamento, assim, pagar com o cartão de crédito ou débito poderá sair mais caro.
Segundo o Governo Federal, tal medida foi tomada para melhorar o ambiente econômico, ela permite que os estabelecimentos concedem desconto aos consumidores pelas formas de pagamento menos onerosas, como é o caso do boleto bancário e do dinheiro em espécie.
Ao aceitar pagamentos com cartão o empresário é obrigado a pagar um percentual do valor da venda, encarecendo a compra para todos os clientes, independente da forma de pagamento. Hoje, os estabelecimentos são obrigados a praticarem o mesmo preço independente da forma de pagamento, o que faz com que eles tenham que jogar o preço lá em cima para cobrir os custos de transações com cartões, mesmo o usuário que paga com dinheiro em espécie acaba pagando mais caro, pois ele sustenta o custo da aceitação de cartões, já que não pode haver diferença de preço pela forma de pagamento.
Embora a nova regra seja prejudicial aos usuários de cartões de crédito e as administradoras, ela é benéfica para o consumidor que deseja pagar mais barato, nem que tenha que usar dinheiro ou boleto bancário. O custo de uma transação com dinheiro de plástico é embutido no valor dos produtos.
Este cenário onde os estabelecimentos são obrigados a fixar o preço independente da forma de pagamento só beneficia as empresas de cartões, pois elas podem cobrar a taxa que quiserem, pois sabem que os estabelecimentos terão que igualar os preços em todos os meios de pagamento. A nova regra torna os meios de pagamento (dinheiro, cartão, cheque, boleto bancário, transferência, etc) mais competitivo, o que pode promover o aumento da concorrência e, com isso, redução nas taxas cobradas dos lojistas para receberem pagamentos com cartões de crédito e débito.
Limite de juros – Além da permissão de diferenciação de preços entre meios de pagamento o governo deve, em breve, limitar os juros do crédito rotativo do cartão de crédito, o que deve acabar com a farra das administradoras, já que os juros desse meio de pagamento é “agiotagem legalizada”, pois chegam a ultrapassar os 450% ao ano!